As gerações X, Y e Z estão convivendo no ambiente profissional ainda de forma muito precária. Conflitos são frequentes e isso impacta diretamente no clima organizacional, no trabalho em equipe e consequentemente no resultado. É preciso refletir sobre isso para melhorar o resultado da sua empresa.
Muito tem se falado das gerações X, Y (ou Millenials), Z (ou Cetennials) e ainda mais recentemente na geração Alpha. Você sabe quem está em cada uma das gerações? Sabe as diferenças?
Primeiro para que fique mais simples, montamos um infográfico para conhecer cada uma das gerações:
Apenas a geração Alpha ainda não está no mercado de trabalho. As outras dividem espaços, dividem cargos, dividem atividades e dividem opiniões. A convivência destas gerações trouxe um questionamento: qual destas gerações é a melhor para o mercado de trabalho? Qual dá mais resultado? Qual é mais fácil de gerir e liderar?
As gerações estão em uma guerra, mesmo que por debaixo dos panos, uma apontando o dedo para a outra. Vale lembrar que é impossível uma pessoa que nasceu em uma geração mudar para outra! No máximo ela vai adquirir habilidades da outra geração.
Dito isso, vamos fazer uma pequena análise:
Muitos gerentes e líderes são hoje da Geração X, extremamente focados, gostando do controle e buscando resultados a cada instante, são altamente responsáveis e tem a compreensão de que trabalho é TRABALHO, com um quê de seriedade. Gostam do papel de liderança e da equipe, são solidários e pensam mais no todo do que em si. Tem uma bagagem pra solucionar desde o problema “analógico” até o “tecnológico”, mas nem sempre tem criatividade para problemas que tenham sido gerados pela tecnologia e pela mudança rápida dela.
Muitos destes líderes estão com equipes em sua maioria da Geração Y e Geração Z. Ambas as gerações com maior individualismo, buscam crescimento rápido, gostam de mudanças, entendem a tecnologia e conseguem prever e resolver problemas muita facilidade e criatividade, especialmente se o problema envolver a modernidade. São sociáveis nas redes sociais e antissociais quando se trata de relacionamentos reais. Captam muitas informações, de forma rápida, de diversos temas, de fontes variadas, mas nem sempre se aprofundando no que foi pesquisado. Não gostam da mesmice, de atividades muito controladas e preferem maior liberdade no ambiente de trabalho, afinal o trabalho precisa SATISFAZER. A geração Y busca a realização pessoal através do trabalho e a Geração Z busca trabalhar com liberdade e possibilidades diferenciadas.
Pense agora comigo: Um gerente que preza pelo CONTROLE e vê que o trabalho precisa ser realizado com ALTA RESPONSABILIDADE e SERIEDADE. Se depara com uma equipe em que a maioria quer LEVEZA, DINAMISMO e LIBERDADE no ambiente de trabalho. Com certeza o CONFLITO é evidente.
Quando olhamos para este cenário (que não é único, pois em algumas empresas ainda temos baby boomers como gestores e equipes ainda mais mistas) podemos pensar: para a empresa o melhor é ter o controle de atividades e pessoas mais focadas, que levem o trabalho a sério e pensem no todo, então só vou contratar pessoas da geração X!
Pensamento PERFEITO, se estivéssemos na década de 90…. Pois é impossível uma empresa sobreviver sem a diversidade da equipe. Mais do que isso, você provavelmente é da Geração X.
Ou ainda, você pode estar pensando: As equipes precisam ser dinâmicas, com garra e que queiram crescer rapidamente, pois isso vai alavancar os resultados da minha empresa, posso renunciar a alguns controles para isto!
Mais um pensamento PERFEITO, mas apenas se sua empresa quer crescer a curto prazo. Além disso, provavelmente você é da Geração Y.
O que queremos dizer com isso: é que cada geração vai “puxar a sardinha” para o seu lado e que nesta guerra não existem vencedores e sim, todos perdem! Inclusive a empresa.
Uma empresa é formada de equipes com pessoas operacionais, táticas e estratégicas. Bem como, tem seus gestores e/ou proprietários que direcionam as estratégias. Isso não é novidade para ninguém. O diferente é entender que equipes com pessoas diversas, de várias gerações, tendem a dar soluções diferentes, inovadoras e até disruptivas, pelo simples fato de cada um olhar o problema por um viés diferente e colaborar com a solução com suas habilidades natas e experiências de vida.
Qual o desafio de fazer estas equipes darem certo? São dois!
O primeiro é de quem vai contratar as pessoas. Escolher a pessoa certa, para o lugar certo, com a formação certa e que se encaixe no plano de cargos e salários da sua empresa já é difícil! Agora para que se tenha uma otimização ainda maior da contratação você precisa pensar: Esta pessoa vai se integrar com a equipe? O perfil comportamental dela é divergente ou convergente? Os valores e motivações desta pessoa estão alinhados ou são parecidos com os demais?
Estas perguntas são muito difíceis de serem respondidas numa entrevista, mesmo que se tenha feito algum teste de análise comportamental (como o DISC, por exemplo). Não existe uma fórmula mágica para que, na entrevista, se consiga conhecer a pessoa, mas muitas vezes fazer as perguntas certas fazem a diferença.
Além disso, ter um processo seletivo mais estruturado e que se utilize de técnicas modernas é fundamental. Outro ponto: quem vai “bater o martelo” e realmente contratar o funcionário deve ter um vínculo com a equipe ou conhecer bastante dos colaboradores atuais para avaliar se a nova pessoa se encaixa.
Leve ainda em consideração que: gerações diferentes, métodos de entrevista e perguntas diferentes! Por exemplo: Se você vai contratar alguém da Geração X e tem um formulário pré-formatado, provavelmente você terá bons resultados, eles gostam do linear e mais previsível. Pessoas da Geração Y vão preferir que as perguntas sejam focadas nele, nos seus resultados e nas suas expectativas. Já a Geração Z, que se expõe muito na internet, vai preferir um formato de bate-papo, mais informal e que permita ser ele mesmo.
O Segundo desafio é para o Líder das equipes. Vamos partir da máxima: Gerações diferentes, métodos de gestão diferentes. OPA!!!! Mas como o líder vai mudar os métodos de gestão numa mesma equipe? Não serão dois pesos e duas medidas?
Vamos esclarecer: diferentes métodos de gerir uma equipe não quer dizer que cada um será tratado de uma forma e terá uma regra para cada colaborador. O Líder vai precisar primeiramente deixar claro quais são as REGRAS da empresa. Explicar o que pode ser maleabilizado e o que não vai ser. Apresentar de forma objetiva o que se espera de cada um e dos seus resultados e por fim adaptar sua forma de se comunicar, buscando a real compreensão de cada integrante da equipe.
Mais do que isso, o Líder vai precisar entender cada uma das gerações, para que ele possa identificar os pontos fortes e fracos dos colaboradores e assim direcionar as atividades mais robustas e que precisam de foco para alguém da Geração X (ou que tenha as suas habilidades), atividades que exijam dinamismo e solução de problemas com mais informações para alguém da Geração Y e atividades que exijam rapidez, persuasão e visão mais ampla ou integrada para alguém da Geração Z, por exemplo.
Ser líder no cenário atual exige flexibilidade , aprendizado constante e pensar em pessoas, além de manter o foco no objetivo das equipes: dar resultado! O Líder vai ter que passar por cima de sua “Geração”, buscando desenvolver habilidades das demais gerações, e a capacidade de ter uma comunicação “multi-gerações”, para conseguir extrair os melhores resultados de suas equipes e iniciar um processo de desenvolver nos colaboradores as mesmas capacidades.
O “conflito entre as gerações” é um tema precisa virar “CRINGE”, o quanto antes (se você não sabe o que é CRINGE, precisa se integrar mais com as gerações modernas…) e ser transformado na colaboração entre as gerações no ambiente de trabalho. Líderes, Gestores e COLABORADORES precisam ter claro que cada um tem importância neste processo e que o Sucesso será muito maior quando todos estiverem mais bem alinhados.